Para o técnico Maurício Barbieri, a vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Flamengo neste domingo, no Maracanã, pelo Carioca, consagra as últimas atuações da equipe e é um passo a caminho da consolidação da equipe.
Com o resultado, o Vasco, que entrou em campo na quinta posição após as vitórias de Volta Redonda e Botafogo na rodada, recuperou a terceira colocação e está bem próximo da semifinal do Carioca.
- A vitória traz repercussões em diferentes escalas. É muito importante entregar um resultado que a torcida ansiava. Vitória no sentido de consolidar essa construção, no sentido de dar um passo adiante. Anteriormente ao jogo, a gente tinha que buscar um equilíbrio de manter nossa identidade mas também se adequar às circunstâncias porque jogar com uma equipe qualificada como o Flamengo é um desafio. A gente fez um grande jogo, estamos felizes, mas precisamos manter os pés no chão – afirmou o técnico.
Um dos destaques do Vasco na partida foi o volante Andrey, que fez sua primeira partida pela equipe desde que voltou por empréstimo junto ao Chelsea. E o técnico voltou a fazer coro pela presença do jogador na equipe, mesmo que por “pouco tempo”.
- Se questionou muito a vinda do Andrey por pouco tempo, mas acho que se ele fosse embora amanhã todos estariam felizes pela forma que ele jogou hoje (risos). São opções que a gente ganha de intensidade. É importante ter jogadores do mesmo nível. Estou feliz com a volta dos dois, do Figueiredo – disse o treinador.
Para se classificar, basta uma vitória simples sobre o Bangu, quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), em São Januário.
Atuação de Nenê e Marlon Gomes
- Num geral, fizemos uma partida de altíssimo nível. Todos competindo muito, até o próprio Nenê, que tomou até um cartão por chegar forte. O Marlon também, ainda temos que controlar o tempo de jogo dele. Ele teve uma boa oportunidade de marcar. Até pelo grupo de jovens que temos ele acaba sendo uma referência, puxa o treino dos meninos. Fiquei feliz com a atuação não só dos dois, mas de toda a equipe.
Desempenho da equipe
- Feliz com a vitória. Não só pela questão da colocação do campeonato, mas uma vitória em um jogo com uma representatividade enorme, ainda mais porque o Vasco não vinha com um retrospecto positivo. Temos que comemorar até amanhã e colocar os pés no chão. Ainda precisamos de uma vitória, vamos jogar em casa e espero o apoio da torcida. Nós conseguindo isso damos mais um passo para a melhora do time, elenco… Apesar de estarmos de um processo de construção só se constrói uma equipe vencedora vencendo.
Formação de equipe
- Tenho falado muito da questão da construção. Por eu ter muita clareza disso talvez às vezes fique confuso. Quero fazer um Vasco vencedor com consistência ao longo dos anos, não apenas numa temporada. O desejo do grupo é formar uma equipe para se consolidar entre as melhores do país. Isso demanda tempo, requer você encontrar peças, vai ter saídas, chegadas… Estamos no início do processo. Todas as equipes que têm ótimos resultados passaram por isso, o Palmeiras teve isso com o Paulo Nobre, o rival de hoje também. O Vasco está no início desse trabalho. Ainda mais se tratando de Brasil e nossa cultura sempre é importante vencer sempre.
Jovens da base
- Acho que eles têm sido fundamentais, mas fico mais impressionado com a alegria que eles têm de vestir essa camisa e da personalidade em jogos grandes. Estão mostrando o potencial sem sentir os jogos. O Abel (Braga) é uma figura maravilhosa, sempre conversamos, e ele disse essa semana que os meninos não estavam sentindo nada. É isso, eles entraram bem no jogo. Estou muito feliz.
Três volantes em jogos grandes
- Eu não me prenderia à questão dos três volantes. A opção sempre é estudar o adversário e entender os espaços que precisamos defender melhor. Contra Fluminense e Flamengo são equipes que atacam espaços diferentes mas precisavam de uma aproximação de jogadores, contra o Botafogo a gente precisava do Galarza, um jogador que desempenhava mais dinâmica, o Figueiredo também é capaz de fazer isso. Não é uma regra ou algo pré-estabelecido. Tem a ver com estudo e como queremos ocupar os espaços.
Possibilidade de renovação de Nenê
- A gente não conversou sobre isso, ele tem o contrato acabando em pouco tempo. No momento oportuno vamos conversar sobre como ele pensa e se enxerga. O Nenê é um cara que tem uma alegria no dia a dia, não sei se o Nenê adotou os meninos ou se foram eles que adotaram o Nenê. Vamos respeitar muito a história dele e vamos tomar a melhor decisão para todos.
Nenê no banco de reservas
- Vou ser o mais sincero possível, acho que quem conseguiu foi ele. Ele quer jogar sempre, é muito competitivo, se tiver par ou ímpar quer ganhar. Foi ele que encontrou essa maneira de contribuir e encontrar a equipe vencedora, que no final é o que interessa. Em alguns momentos ele pode começar, entrar, mas quem tem feito a diferença é ele.
Estratégia de jogo
- É natural. Começamos com um adversário que jogou a gente para trás, tivemos dificuldade na marcação. Demoramos para entender um pouco o jogo, mas tem a ver com isso. Nunca jogamos sozinhos, sempre tem as dinâmicas do jogo, o que o adversário faz. Aos poucos fomos encontrando maneiras para sair, primeiro em transições e depois trabalhando a bola. Não rivalizamos em posse e sim em oportunidades. Acho que tivemos chances de fazer um placar maior e aí tenho que destacar o Léo Jardim, fez uma grande partida.